No último mês tenho estado a refletir sobre a direcção da minha vida. Profundo, não é? Mas a realidade é a única conclusão a que consigo chegar é que a minha vida (seja a curto, médio ou longo prazo) está dependente da saúde da minha mãe.
O Passion Planner começa com um exercício: Faça uma lista de desejos. Se pudesse ter qualquer coisa, ter qualquer coisa ou fazer qualquer coisa, o que seria?
No meu papel mágico:
ganho o euromilhões - deixo o emprego - tenho casa própria - tenho um carro eléctrico - tenho uma máquina de costura de bordar (que custa tanto como um carro eléctrico) - tenho uma casa com espaço para a máquina de costura, uma plotter de corte - passo os dias a ler (sozinha) e a passear (com a minha mãe)
O problema em imaginar um papel mágico, que nos concede os nossos desejos, é que é muito difícil tentar atingir desejos mágicos.
Mas eu não estou feliz com a vida, que tenho neste momento, e a única forma que sei, para melhorar a minha situação, é criar um plano. Eu não posso controlar a evolução da doença da minha mãe, por isso vou concentrar-me naquilo que posso mudar.
Já escrevi e reescrevi um plano para 2018, um par de vezes. Mas o último mês fez-me repensar tudo.
Por isso, hoje abrando, simplifico e reduzo o plano a um dia:
Não sou grande fã de histórias do género - fiz uma viagem e mudei de vida.
Não sei se é pela mensagem - para mudar (e atingir a felicidade) é preciso um evento drástico, uma viagem, mudar de emprego, etc... - ou simplesmente inveja de não fazer o mesmo. Talvez seja um pouco de ambos.
Mas de vez em quando volto a Wild, o livro/filme de Cheryl Strayed, que retrata a sua viagem no PCT. Para quem não sabe, o PCT é um percurso pedestre que atravessa os EUA, do México ao Canadá.
Um dos meus maiores arrependimentos é não ter sido mais corajosa, na minha juventude e nunca ter embarcado numa grande aventura.