Encontrar paz no acto de cortar as unhas
O único tratamento que dou às minhas unhas é mantê-las limpas e cortadas (rasas). Quanto maior a "parte branca" das unhas, maior o meu desconforto com o seu tamanho.
Ontem à noite estava muito "desconfortável", a ansiedade cresceu à medida que se aproximava o final do dia (o novo dia de trabalho) e quando chegou a hora de me deitar, estava uma pilha de nervos, já a antecipar mais uma noite de insónia.
O trabalho está a acumular-se e sinto que não estou a gerir bem o meu tempo. As unhas acabaram por se tornar um sinal de tudo que estava mal no meu dia (vida?).
Sentei-me na cama com uma toalha e um corta-unhas e cortei as unhas das mãos e dos pés. Usei hidratante (algo que deveria fazer diariamente e não faço) e todos esses actos de auto-cuidado tiveram o dom de me acalmar.
Com frequência me esqueço da importância de pequenos actos de cuidado pessoal: parar para beber um copo de água ou uma bebida quente, parar para comer uma maçã, parar para tomar um duche, parar para cortar as unhas... parar para respirar fundo.
Talvez esse seja o segredo para mais paz de espírito: cuidar mais de nós.