Destralhar = Partilhar
Esta semana tenho-me sentido um pouco angustiada. Por vezes sinto-me mais preocupada com o futuro, muito disso consequência de ser solteira e isso ter bastante impacto nas minhas finanças pessoais. Atenção que não quero com isso dizer que ser solteira é um lamento, mas é um facto - sou apenas eu a fonte de rendimentos.
O que isso tem a ver com destralhar?
Muito, se são alguém (como eu) que é apegada a coisas e faz compras impulsivas. Nestes momentos, por um lado há a necessidade de mudar noutra direcção e por outro de encontrar resoluções. Destralhar a casa não é uma panaceia para os nossos problemas, mas poderá ser um momento de lucidez.
De que me serve agarrar-me aos berlindes da infância se, depois de morrer, ninguém os apreciar? Porquê sequer considerar em deixar essas tralhas emocionais a outros?
Entre outras coisas, decidi destralhar os berlindes e fiz algo que faço com frequência que é perguntar a quem me está próximo se precisa do item. Sabem o que descobri? Que a minha melhor amiga andava à procura de berlindes para a filha. E que até comprou uns, mas eram feios, muito longe do arco-íris da nossa infância (e que a foto não faz justiça).
Ao partilhar, descobri uma nova casa para os meus berlindes: o quarto da minha sobrinha emprestada.
Destralhar não tem de ser igual a abandonar ou desistir, mas partilhar com outros. Que melhor motivo poderá haver para renovar a motivação?