Há diversas formas de abordar uma nova lista de tarefas e já as experimentei quase todas.
Nestes projectos, quase todos a serem realizados nas minhas horas de descanso, parece-me mais acertado começarpelos mais fáceis/rápidos de terminar.
Por exemplo, meter as malhas puxadas para dentro de uma camisola e passar a máquina de limpar borboto. 5-10 minutos e a camisola vai para a gaveta
Foi logo no segundo projecto que tive de me lembrar de ser consistente. Peguei nas calças, vi a camisola e já estava a pegar nela, para começar um projecto novo.
Tive de me autocorrigir: consistência.
Voltei às calças e terminei de aplicar um bolso; já não é um bolso falso.
Comecei esta toalha na adolescência e acabou esquecida no armário, provavelmente porque fiquei frustrada com o facto de ter errado nas margens.
Terminei de aplicar a barra na varada, durante o verão. Agora só faltava fazer uma bainha.
Feito, feio e vou-me rir quando isto deformar tudo, numa lavagem a 60º.
Dei com vários pacotes vazios de manteiga que fui pedindo na minha mãe. Por isso, dei uma arrumadela numas gavetas.
Preciso de mais pacotes e passar os fios das bobines para cartão.
Como são fronhas de verão, significa que estão para remendar (5 minutos), desde dessa altura. Voltam para casa da minha mãe.
Toalhetes a desfazerem-se que aproveitei para fazer panos de limpeza para a cozinha.
Nos armários, nem parece ter feito mossa, mas a caixa dos projectos portáteis já está vazia.
Para mim, independentemente do que por aí venha, 2022 será o ano da consistência.
Ao escolher uma palavra do ano, mais que objectivos, estabeleço uma linha mestra, um enfoque e uma prioridade para esses objectivos.
Para mim, a consistência é estabilidade e firmeza na prossecução dos objectivos e plano de vida.
Por exemplo, tod@s queremos destralhar a casa (ou não estaríamos neste blog), mas no meu caso, eu preciso de destralhar - especificamente - a minha zona de manualidades.
Porquê especificamente essa área? Porque ao esvaziar essas prateleiras e sacos, liberto espaço para outras coisas mais importantes. Um foco-chave com um efeito bola de neve.
Por exemplo: tinha duas prateleiras cheia de itens para remendar: projectos que foram sendo adiados.
Num pequeno bloco de tempo, separei o que não era possível aproveitar ou doar: iriam ser panos de limpeza.
Acabei por concluir que havia peças que poderia salvar: como por exemplo uma camisola que só precisou de ser limpa de borboto e transformada em tshirt.
Outra tshirt, que era demasiado pequena, que tinha manchas de desodorizantes, mas era um presente especial: cortei para aproveitar o bordado. Ainda não decidi como incorporar outro projecto, mas no mínimo passa a saco do pão.
> Essa prateleira é agora a prateleira onde coloco os livros que vou vender.
> Esses livros, libertaram espaço nas estantes de onde os retirei.
> Esses espaços livres vão sendo ocupados por outros livros que estão em dois armários, que quero desocupados + espaço para colocar objectos que quero vender.
Ou seja, se for consistente em terminar os remendos e os projectos inacabados, isso transforma-se numa bola de neve de espaços que vão sendo libertados.
Objectivo para o primeiro semestre de 2022:
alocar apenas uma prateleira para projectos/remendos em curso
(eliminar dois sacos de retalhos, incluindo 14 panos de guarda-chuvas )
alocar uma prateleira para objectos (maioritariamente livros) que quero trocar ou vender
passar para as estantes de livros, as 2 caixas de livros de bolso, que estão num armário
passar as ferramentas para o armário
eliminar uma mesa de apoio
Assim, projecto a projecto, de forma consistente, vou atingindo os objectivos. E para cada projecto, a pergunta: estou a ser consistente com os meus objectivos?
Recentemente, a minha vida deu uma nova reviravolta. Neste momento divido-me entre ser cuidadora da minha mãe e fazer serviços mínimos no meu emprego até me substituírem.
Passo praticamente todo o dia na casa da minha mãe (ao computador) ou no carro, a passeá-la (ela tem mobilidade reduzida). Ainda não consegui estabelecer uma nova rotina que permita dar resposta às minhas necessidades, seja de trabalho, limpezas ou lazer.
Por isso, estou a tentar delinear uma rotina que inclua e/ou maximize o meu tempo. Neste momento, os meus dias úteis são bastante consistentes:
Sábado e domingo não variam muito, mas em vez de ao computador a trabalhar, estou a fazer limpezas ou no computador em lazer.
O primeiro passo - diagnóstico / mapa do tempo - está feito, e começo a desenhar rotinas para cada bloco de tempo.
A felicidade é como um pneu, depois de cheio, vai esvaziando com a utilização e é necessária uma contínua manutenção.
Depois foi o madito COVID e tudo (inclusive o meu cérebro) ficou congelado. Mas terminei 2021 com o terceiro reforço da vacina da minha mãe e em Janeiro devo tomar eu.
Finalmente (moderadamente) optimista.
Preciso de me juntar à minha tribo. Estais aí a destralhar?