As redes sociais estão deliciadas e intrigadas com o facto de terem "apanhado" um atleta multimilionário com um iPod Shuffle, que basicamente é um leitor de mp3 muito simples, sem wi-fi ou outros assobios.
O iPod Shuffle é um modelo da Apple que foi descontinuado há 10 anos e que pode ser encontrado no Ebay por cerca de €20 (embora algo me diga que os preços irão subir, com a publicidade extra).
Então porque é que um multimilionário optaria por um gadget antigo e com menos funcionalidades das que a tecnologia (e o bolso) lhe permitem?
Eu suspeito que dois factores importantes: segurança (sem wifi não há acesso de hackers) e ausência de distracções.
Em vez de tentar evitar os dois problemas, ele eliminou-os por completo, removendo as distrações digitais associadas ao uso de um smartphone.
Associamos muitas vezes as novas tecnologias a melhoramentos e aumento de produtividade.
Porém, é perfeitamente possível que a resolução dos nossos problemas de produtividade e distração esteja em adoptar soluções low tech.
Não foi intencional, nem foram só 30 minutos, mas decididamente comecei a levantar-me mais cedo. Quando me levantava regularmente às 6h30, foi quando tive menos enxaquecas, dormi melhor e me senti mais em controle do meu dia.
Decidi começar com as 07h00, seja para me levantar para o trabalho ou só para tomar o pequeno-almoço e voltar para a cama para ler um livro (como hoje). Neste momento inicial, o objectivo é regular o sono e não o que farei com o tempo.
Para me ajudar, voltei à minha grelha da Regra Seinfield que expliquei aqui.
Mas agora com objectivos diferentes:
- Levantar às 7h00;
- Marmita para o trabalho;
- Trabalhar 30 minutos por dia nos meus projectos, seja de leitura, manualidades ou escrita (blogs não incluídos);
- Apagão digital às 21h00 (excepção para ver um dos múltiplos filmes ou séries que vou gravando, é que com este frio, prefiro ver no quarto, com o computador onde estou quentinha com o aquecedor ligado que na sala que é aberta para o corredor e como tal, muito difícil de aquecer).
"A atenção mediática – que há tempos gastou horas e horas, também com repetições incessantes com os episódios que envolveram o Sporting, idem com as toupeiras ligadas ao Benfica ou com a perseguição de um fugitivo – não se interessou por aí além por um discurso cuja espessura de posicionamento superou muito a da rotina dos discursos."
Francisco Sena Santos escreveu um texto importantíssimo sobre o mediatismo dos assuntos de relevância jornalística e de como os jornalistas têm responsabilidade da informação que é circulada e como é circulada.
Sinto-me cada vez mais puxada por aquilo que outros (e sabe-se lá com que intenções, porque continuamos a não ter a lista de jornalistas pagos pelo BES) consideram ser digno de notícia.
Os cabeçalhos de notícias que, na verdade não são mais que coscuvelhice, dominam os canais e somos nós que os alimentamos, cada vez que neles clicamos.
Esta semana, vou ser intencional com a minha forma como respondo à agenda jornalística. Vou "dar" os meus cliques (porque leio mais do que vejo) às matérias que considero ser importantes, em vez daquelas que me captam a curiosidade.
Primeira acção: ouvir o discurso (15 minutos) referido no texto, porque foi feito em nome dos portugueses e representa o nosso posicionamento em política externa.
Recordo que há imensos ebooks na Amazon, que de vez em quando estão a custo zero e que podem ser lidos no computador, num tablet ou telemóvel.
Ainda não li sequer um quarto do livro e, para ser franca, não me vejo a fazer tarefas de 10 minutos, como é sugerido. Porém, começar o dia com 10 minutos, para planear o que tem de ser feito durante esse dia, parece-me uma boa premissa.
Uma das coisas que achei importante foi que o autor reforçou que deveríamos limitar o período de planeamento aos 10 minutos, nem que para isso tivéssemos de recorrer a um cronómetro. Porque o objectivo final é fazer e não é planear.
Eu diria mais, tendo em conta os diferentes espaços e até identidades (profissional, gestora da casa, filha) que temos durante um dia, decidi fazer 3 blocos de 10 minutos por dia: um ao início do dia, outro na pausa de almoço e finalmente outro quando chego a casa.
Cada bloco de 10 minutos servirá, não só para estabelecer o que tem de ser feito, mas igualmente para rever o que foi feito.
Porquê no início do dia?
Por razões óbvias, é no início do dia que convém planear o que pode ser executado nesse dia e o que tem prazos para ser concluído nesse dia.
Porquê na pausa de almoço?
Por um lado, como forma de combater a procrastinação, caso haja tarefas que na manhã deveriam ter sido concluídas, ou outras que tenha de concluir até ao final do dia.
Mas o meu objectivo é incluir um momento para me relembrar de pequenas tarefas que podem ser feitas na hora de almoço, como ir à frutaria ou aos correios.
Porquê quando chego a casa?
Para me obrigar a rever como correu o dia, mas também para ser um ponto de cisão entre tarefas do trabalho, as que obrigatóriamente tenho de fazer em casa, mas também de não me esquecer de INTENCIONALMENTE incluir momentos de lazer.
E se chegar a casa e concluir que as minhas tarefas se resumem a: aquecer o jantar e ir para o quarto com o aquecedor ligado e um livro... melhor ainda.
10 minutos a contar:
- colocar louça suja na máquina;
- aquecer jantar;
- verificar hora de consulta da manhã;
- fazer dois remendos de costura (operação destralhar o que não é meu);
- separar feltro para um projecto e guardar a caixa de materiais;
MICHAEL HYATT, um dos gurus da produtividade, não se cansa de dizer que não é fã do rato e que tem optado por teclas de atalho, sempre que possível. Para ele, o tempo que perdemos a recorrer ao rato, é desperdiçado.
Para mim, que acho que utilizo o computador com alguma facilidade, surpreende-me a quantidade de teclas de atalho que existem. A lista, só para o Word, é enorme.
Decidi começar com parte da lista, para me ambientar a algumas teclas de atalho que uso com mais frequência.
Eu também utilizo inumeras opções na formatação, mas as teclas de atalho são tantas que me questiono se compensa o investimento em decorá-las.