Umas das coisas que deixei cair durante o confinamento, foram as minhas rotinas de deitar e levantar. Não foi intencional, mas aconteceu.
Agora que estou em casa, de forma permanente, sinto maior necessidade de instituir rotinas definidas, nomeadamente uma rotina nocturna que constitui um hábito-chave para a minha saúde:
- apagão digital às 21h00 (ou seja, pelas 21h00 o computador é desligado)
- destralhar as superfícies (incluindo a banca da cozinha que deverá estar sempre livre de louça)
- fazer a higiene pessoal e vestir pijama
- hidratar as mãos
- na cama até às 22h00
- se ler à noite, não ultrapassar as 23h00 [porque me levanto cerca das 7h00]
Com uma boa rotina nocturna, a minha experiência diz-me que o dia correrá melhor e as enxaquecas diminuirão.
Adiei anos uma biópsia ao múltiplios quistos mamários que assustavam técnicos e que já se viam a olho nu, no seio. Ou melhor, não adiei fazer, adiei pressionar a médica de familia para me encaminhar para uma consulta de especialidade.
Tive sorte. Fiz aspiração de líquido e anos de ansiedade e dores ficaram para trás.
Continuo e continuarei com quistos, mas agora muito vigiada.
Ainda mais absurdo.
Ignorei dois meses de perdas de sangue menstrual, sempre com a ginástica mental "há-de passar; só acontece aos outros" .
Adiei uma consulta à ginecologista, até a semana passada. Um exame (sempre difícil) não revelou nada de anormal (excepto o que já sabia - endometriose). Tive sorte.
Mas estou enfraquecida (falta de ferro), passei o fim de semana com enxaquecas debilitantes e quase desmaiei esta manhã.
Pouco a pouco, vou vendo a geração da minha avó desaparecer. É natural.
Mas doeu ver um rosto na necrologia da funerária local. Adiei tantos telefonemas.
Ontem coloquei na agenda dois nomes para telefonar. Ao rever a lista de tarefas no fim do dia, reparei do que tinha ficado por fazer. A checklist está completa.