Vou aproveitar a pausa no trabalho para ficar offline (na medida do possível). Volto em 2019 com o final do #30DMDC e (espero) muitos objectos destralhados.
Para os crentes, votos de Boas Festas e para todas/os, desejo-vos Boas Entradas em 2019!
Ontem estava a ler um romance e uma frase destacou-se, pelo contraste com o discurso dominante com que somos bombardeados/as, segundo o qual devemos tentar seguir os nossos sonhos, deixar o emprego e arriscar.
Não sei quanto a vós, mas quando leio estas mensagens, mais vezes me sinto derrotada que inspirada. É a o discurso dominante também é: não arriscas porque tens medo, porque não te empenhas, porque não és suficientemente bom/boa.
Para sua surpresa, também descobriu que era possível ser-se bom naquilo em que se tinha pouco interesse, tal como tinha sido possível ser-se mau em alguma coisa, fosse ela pintura ou poesia, pela qual a pessoa se interessasse muito.
E se, a nossa melhor versão é a de executar, da melhor forma possível, o trabalho que nos paga as contas, deixando as paixões para os momentos de lazer?
E se, sacrificarmo-nos pelos outros, mantendo uma profissão banal mas estável é a nossa melhor versão? Já repararam que a generalidade dos processos de desenvolvimento pessoal raramente abordam como nos damos aos outros / as nossas responsabilidades para com os outros?
E finalmente, será que as nossas paixões, depois de monetizadas, continuarão a fazer-nos felizes?
- as fotos são bonitas mas vão aparecendo noutros locais;
- estava a perder demasiado tempo a ver outras áreas (não livrescas) das pessoas que seguia, porque preferem publicar "stories" que são publicados em lote, obrigando a ver várias coisas, para chegar aos conteúdos relacionados com livros (se houverem);
- depois de algum tempo, não senti que acrescentasse algo à minha vida, tornando-se mais num escape fácil para quando estava aborrecida;
- prefiro blogs.
Por isso, decidi terminar (em absoluto) o acesso à página, já que a aplicação já havia instalado há muito. Não só decidi como implementei obstáculos ao acesso fácil à página, colocando-a como página bloqueada.
Ainda hoje, precisei de usar o messenger para contactar com uma pessoa durante o dia, mas assim que a necessidade terminou, voltei a desistalar a aplicação.
Tenho descoberto que não gosto do acesso fácil. Quando realmente é importante, as pessoas utilizam outros meios e assim é filtrado muito do que me chegaria que é, por exclusão de partes, não importante ou até irrelevante.