Quando li o livro Winning the Clutter War (poderão encontrá-lo Amazon.com onde é possível adquiri-lo, com frequência, gratuitamente), um dos métodos que achei particularmente interessante foi o Método Monte Vesúvio (aludindo ao vulcão em actividade e à força vulcânica) para áreas particularmente complicadas e que tem como objectivo destralhar uma área difícil, semtem de tomar decisões sobre os objectos.
Poderá, para alguns/mas ser controverso porque se questionam se não estão simplesmente a mudar as coisas de lugar. Porém, a experiência diz-me que há momentos em que a energia e o tempo não se compadecem com mais e este é um excelente ponto de partida.
Objectivo: desempedir determinada divisão ou móvel, sem decidir nada sobre os objectos; só encaixotá-los o mais rapidamente posivel
Plano de Acção:
1º) Pensar nas categorias de objectos a destralhar (roupa, livros, papéis, disciplina XPTO,...).
2º) Arranjar caixas de arrumação
A minha primeira sugestão vai para caixas de resmas de papel A4 que podem solicitar em locais como Staples ou um centro de cópias. A segunda opção são caixas de cartão à venda na IKEA - as mais baratas que encontrei).
3º) Arranjar mais uma caixa/balde/saco para uma outra categoria que surja, para lixo, para reciclagem, para doações, para tesouros (pequenos objectos como dinheiro, jóias e afins que encontrem e queiram guardar em local especial).
Geralmente tenho uns sacos de plástico para o efeito.
4º) Encaixotar por categorias
Não examinar, não simplificar, encaixotar tudo o mais rapidamente posivel escrevendo no exterior de cada caixa o seu conteúdo: "livros", "fotocópias da gaveta X", etc.
5º) Arrumar
Nem que seja num canto da divisão. Melhor assim que a ocupar várias áreas desta.
Vantagens:
- Evita o sentimento "não sei por onde começar" ou "não tenho tempo ou energia para fazer isto tudo" ou "isto é tarefa para quanto tiver um fim-de-semana livre ou férias";
- Elimina a ansiedade de ter de decidir sobre vários objectos (continua a tê-los disponíveis);
- Evita o desgaste de uma tarefa megalómana (quem nunca ficou cansado de uma sessão destas e acabou por deixar tudo a meio, ponha a mão no ar).
Fase II
Depois de agrupado e acondicionado, podem pegar numa caixa de cada vez e decidir o seu destino. Se calhar passar por doar, ou reorganizar a disposição das coisas numa estante para caberem mais livros.
Seja como for, têm a vossa área desimpedida, visualmente destralhada e tempo para decidir com cuidado.
Desculpem a ausência. Mas estou a aproveitar que as divisões em obras estão vazias para as utilizar como estaleiro: lixar e pintar portadas das janelas e o mobiliário do quarto, sem me preocupar em proteger o chão ou com o que o vento cola à tinta.
Se bem se recordam, no computador tinha 3 grupos de peças. A fase seguinte consistiu em separá-las e depois pegar noutras peças das mesmas cores e agrupá-las. Foi nesta fase que, por exemplo, decidi substituir um cardigan curto por outro mais comprido ou substituir um blazer bege por uma malha.
Separem só. Não arrumem pois alguma dessas peças ainda pode caber nos restantes grupos.
Quarto - escolher 4 neutros que funcionem com os neutros escolhidos anteriormente. No fundo, 4 peças que poderia combinar com muitas das anteriores, mas que funcionariam muito bem apenas com uns jeans (percebem o padrão... já sabem o que vou colocar nos essenciais, não sabem?)
Eu escolhi apenas peças superiores porque sei que uso quase sempre jeans. E como o tempo ainda anda muito inconstante, quero variedade de tops com todos os comprimentos de mangas.
Para os grupos seguintes, agrupei peças: mangas curtas/mangas compridas/camisas, calças... E foi desses grupos que me apercebi de repetições, peças que nunca uso e as que iriam ser incluidas nos passos 5º e 6º.
Tudo que não foi escolhido, foi guardado num saco... por agora.
Quinto - 4 peças para o tronco superior, se assim se pode dizer e que são para usar no dia a dia. Escolhi os básicos (que também poderiam estar nos "essenciais", incluindo uma tshirt com padrão. Aqui, a minha escolha começa a ficar um pouco mais personalizada em relação ao método original já que substituí os tops de destaque por acessórios.
Sexto - Escolhi os essenciais: calças de ganga, 2 tshirts e umas sapatilhas azul escuro que possam ser utilizadas com os restantes blocos de cor.
E finalmente, ultrapassando o número 33, introduzi sapatos e acessórios para cada grupo: cintos, carteiras, um colar e um par de brincos. As escolhas foram sempre feitas de peças que já possuo e de peças que estava a precisar comprar: sapatilhas escuras para usar no local de trabalho, mocassins (para substituir calçado com tacão) e calças formais porque as que tinha deixaram de servir.
E foi assim que, passo a passo, separei 39 peças para usar nos próximos 3 meses, sendo que irei substituir algumas peças mais quentes, por outras mais frescas, assim que o tempo permitir.
O método é flexível e como diria a autora do projecto 333, não é um desafio de sofrimento. Ajusta-se, melhora-se e acredito que melhorará a nossa vida (menos peças para passar a ferro....yeahhhh!!!!).
Passo final: imprimir diferentes looks e combinações e pendurar na porta interior do roupeiro ;)
Confesso que o processo de tirar tudo dos armários e começar a destralhar roupa sempre me deixou frustrada. Nunca conseguia excluir peças em número suficiente, achava sempre que o fazia sem grande coerência e rapidamente me cansava e abandonava a roupa espalhada na cama. resultado... depois chegava a hora de me deitar e acabava por meter tudo no armário. E a história de virar as cruzetas para saber se usa a peça... mas alguém se lembra disso? E quem tem paciência?
Ok...
Eu decidi começar tudo no computador e NÃO ME ARREPENDO. Encontrei o http://www.polyvore.com que é uma página completamente grátis que funciona como um banco de imagens para moda e decoração. É o que muitas bloggers de moda utilizam para criar os "looks". É tão fácil de utilizar... é fazer a pesquisa e arrastar a imagem e pronto, ficam com uma colagem com o vosso vestuário.
Foi assim que comecei. Criei uma conta e comecei a juntar as peças. Primeiro de cabeça e depois ia espreitando o que tinha e refinando ou alterando. Destralhar o roupeiro sentada e com tudo guardado? GENIAL!!!
Naturalmente utilizei o método que referi no post anterior.
Primeiro - escolhi a cor neutra, escura e clássica: azul marinho. É uma das minhas cores preferidas, combina muito bem com jeans (que visto quase diáriamente) e já possuía imensas peças nessa cor, por onde escolher.
No Polyvore coloquei 4 peças em azul marinho que não tivessem decoração e que fossem mais formais. Utilizei a pesquisa para encontrar peças de vestuário parecidas com o que eu já tinha.
Segundo - escolhi a cor neutra, clara e mais descontraída: bege. Combina com o azul marinho e com jeans, e possuo várias peças dessa cor.
Terceiro - escolhi a cor de destaque: vermelho. Tinha peças e uma carteira fantástica que não queria deixar de usar. Combina muito bem com as duas cores anteriores e com jeans (claro!). Numa fase inicial, era precisamente a carteira a 4ª peça deste grupo.
Esta foi a primeira parte do processo. Digam lá que não é muito melhor do que andar a tirar e a por tudo dentro de armários e gavetas?