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Destralhar

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A minha agenda não é bonita - Bullet Journal

A propósito de uma conversa nos comentários, decidi mostrar umas das minhas primeiras agendas (2014), utilizando o sistema Bullet Journal.

Queria fazê-lo para mostrar que, embora a internet esteja cheia de ideias lindas, concretizadas por pessoas muito talentosas, o sistema é do mais básico que existe. 

 

Espero que as imagens ajudem, Maria.

001 (1).jpg

O único material de que necessitam é um caderno e uma caneta. Eu decidi usar a minha máquina de encadernação e fazer um caderno em espiral.

 

As principais vantagens são:

  • É económico.
  • Podem utilizar a agenda para programar eventos, fazer listas de tarefas ou listas de compras.
  • Podem fazer uma lista de livros a ler ou escrever uma citação de um livro que já leram. Pode ser uma agenda, um diário, um bloco de notas
  • É a agenda ideal para quem tem mais tarefas que eventos, porque abrimos ou não uma data, ocupamos muito ou pouco espaço. No fundo, acabaram-se as páginas vazias.

As principais desvantagens:

  • Depois de nos habituarmos a ter as notas à mão, é chato prescindir delas quando passamos para o caderno seguinte. Eu cheguei mesmo a cortar páginas e colá-las no novo caderno.
  • Se forem como eu, letra grande e com vontade de rabiscar e fazer listas intermináveis, o caderno não chegará para um ano.
  • Sem calendário é difícil programar para o futuro.

 

 

002.jpgPosso não saber desenhar, mas sei colar e aproveitava recortes de revistas para dar um pouco de cor à minha agenda. 

 

Obviamente tapei alguns dados pessoais. Na primeira página coloco contactos de emergência e o meu tipo sanguíneo.

 

Todos os contactos tinham o grau de parentesco. Se acharem pertinente, também podem mencionar - expressamente - quem deve ser a primeira pessoa a contactar. Por exemplo, se alguma coisa me acontecer, eu quero que contactem primeiro o meu irmão, em vez dos meus pais. 

 

Também coloco o meu número de telemóvei, com a menção "eu", para quem o encontrasse me pudesse contactar. 

 

003.jpg

Depois coloquei uma série de páginas para contactos e notas, de A a Z.

Aqui coloco tudo, desde contactos à referência do saco do meu aspirador (dá muito jeito quando estão na loja e se lembram que precisam de comprar)

004.jpg 

Ou até um cartão de uma loja que colei directamente, para não ter de transcrever.

005.jpg

Uma folha de compras com notas diversas, até a personagem preferida (à data) das minhas sobrinhas, parte de um folheto com o tarifário do telemóvel, referências de impressoras.

006.jpg

Nas páginas seguintes, uma lista de empresas que não testam em animais (para ter presente quando escolhia produtos) e uma lista de produtos que queria comprar.

Já agora, a pedra de alúmem tem sido comprada em feiras de produtos artesanais - muito mais barato.

007.jpg

De seguida, um calendário desdobrável que nunca utilizei e um grupo de folhas vermelhas, a primeira delas com os aniversários.

008.jpg

A secção de folhas vermelhas serviu para colmatar o meu principal problema com o sistema: não ter uma forma rápida de ver eventos futuros. Como tenho imensas consultas médicas (entre mim e a minha mãe) a registar, tinha de ter um calendário para o efeito. 

Por isso, limitei-me a imprimir calendários mensais e colar na agenda.

 

009.jpg

A partir de meados do ano, já começo a ter eventos para o ano seguinte. Limito-me a ter uma folha, no final da agenda para esse efeito. Como podem ver, sem complicações. Se houver alterações, faço um risco por cima e está feito.

 

Actualmente, nem tenho estes calendários mensais. Limito-me a usar uma folha no final do caderno e vou anotando as datas. No início do mês ou quando estou num qualquer balcão de atendimento a agendar para o futuro, basta-me consultar essa lista. 

Quando a passo para o calendário mensal, risco-a da lista e está feito.

Está no final do caderno apenas para ser de fácil e rápido acesso. 

010.jpg

Abrir o mês é isto. Tal simples como isto.

Aqui estava a utilizar um código de cores. A verde eram eventos/tarefas relacionados/os com o trabalho.
11.jpg

O sistema que utilizo até à data. Primeiro o calendário, depois uma lista de tarefas e objectivos (sem data) para esse mês.

014.jpg

Uma página de registo de hábitos que estava a tentar implementar e o meu registo de despesas (ainda com muitos esquecimentos). 

Actualmente, faço o mesmo registo, mas aditei uma coluna para a data.
013.jpg

Depois são páginas assim, uma salgalhada de coisas, numa letra gorda a ocupar uma página A5. Neste momento continuo com folhas brancas, mas pretendo tentar "controlar" a minha caligrafia num futuro caderno, com folhas com quadriculado.


015.jpg

 Mas também há páginas com receitas, listas de compras, a menção de que o Cante Alentejano era património mundial imaterial, listas grandes e pequenas de livros que queria fazer, de reparações que a casa necessitava, etc. etc. 

 

Há dias em que não anoto nada, há outros em que uma página A5 não chega para um dia. Hoje, a única tarefa que coloquei na agenda foi "diminuir a temperatura do cilindro" (aumento-a quando tomo banho de imersão e tinha-me esquecido de voltar a reduzir para poupar electricidade; quando me lembrei, anotei na agenda).

 

É o sistema mais flexível que conheço e já não me imagino a utilizar outro. 

Como é fácil de ver, não é bonita, não tem luzinhas e assobios, mas faz a sua função. 

Agendas na gestão do tempo

Não tenho um smartphone, mas possuo um tablet sem acesso à internet (excepto quando o ligo à rede wifi de casa ou do trabalho). Porém já percebi há muito que não sou uma pessoa que consegue organizar a sua agenda num ambiente digital, o que não significa que não o deseje ou tenha experimentado algumas ferramentas. 

 

Porém, é no papel que consigo melhor organizar-me. Porém, também nunca consegui organizar-me numa agenda ou planner comercializados e as alternativas para imprimir sempre me pareceram excessivamente custosas, pelo tinteiro que consomem. 

 

A primeira vez que decidi começar a construir uma agenda/planner verdadeiramente personalizada foi quando descobri o método de Bill Westerman com quem tive, pela primeira vez, a consciência da importância de clarificar a distinção entre tarefas e compromissos e da criação de blocos de tempo. Mas acima de tudo, o conceito da "Masterlist" - a lista mãe.

 

Bill Westerman criou um método que funciona em versão papel, num caderno (o meu custou €0.30) e é personalizável: Getting Sh-t Done. Para quem batalho com o método GDT e perdeu, este é um excelente ponto de partida.

 

O método é muito simples e está todo explicado no blog Utilware:

 

1º Passo: Criar uma lista-mãe

 

No fundo, consiste em criar uma lista de tarefas - exequíveis - que têm de concretizar. Ou, criar várias listas de tarefas. Por exemplo, em casa, tenho várias listas de tarefas relacionadas com reparação e manutenção, na verdade, tenho uma lista-mãe por cada divisão.

 

Porém, é importante manter a lista com conteúdos exequíveis. Não se trata de uma lista de objectivos de vida, mas de tarefas concretizáveis. Pintar uma divisão implica: escolher o melhor período, escolher cor/tinta, comparar preços, organizar materiais, planeamento relacionado com mão de obra, etc...

 

2º Passo: Criar uma lista de tarefas diárias 


A lista com as tarefas diárias deverá ter um pequeno quadrado à frente de cada uma. Esse quadrado permitirá identificar: tarefas urgentes (ponto dentro do quadrado), tarefas concluídas (visto dentro do quadrado), tarefas adiadas para o dia seguinte (linha diagonal no quadrado) ou tarefas eliminadas (cruz no quadrado).

 

3º Passo: Utilizar a lista

 

Fazer o que está na lista e só o que está na lista é o cerne do método e, afinal, o seu objectivo - concluir as tarefas.

 

Se aparecer alguma tarefa não prevista, esta deve ser aditada à lista.

 

4º Passo: Reorganizar


Se o/s dia/s colapsar/em, então é preciso não desistir e aceitar a necessidade de reorganizar. Se necessário, voltar à lista mãe e reajustar prioridades. 

 

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