Começo por vos revelar um novo objectivo: deixar de me lamentar que tenho falta de tempo, fazendo-o como se fosse uma medalha de ouro.
Assim, porque esta semana estou assoberbada de trabalho e, tendo feito más opções no que respeita à gestão do meu tempo, decidi-me por um projecto que já concretizei: desligar a televisão.
Na minha casa, onde vivo apenas eu, tive dois televisores, um na sala e outro no quarto. Frequentemente ficava até às 2h00 a ver televisão, até filmes cujo DVD possuía. Era "televisão vazia" que não acrescentava em nada ao meu descanso ou ao meu lazer.
Comecei a utilizar a regra de ouro: se estás demasiado cansada para fazer outra coisa, que não seja ver TV, então vai dormir. Depois, retirei o televisor do quarto (doei um televisor) e finalmente terminei com o serviço pago de TV. E só demorei 40 anos a atingir este objectivo.
Neste momento, se ligar o televisor uma vez por semana, é muito. Na verdade, é mais provável que deixe a gravar um filme/programa no aparelho de TDT (que tem essa função), para o ver depois - em horários decentes e sem perder tempo a ver publicidade.
Não me parece que seja incomum que uma pessoa veja, em média, 3 horas por dia de televisão. No final de uma semana, estamos a falar de 21 horas - quase um dia completo a ver TV.
É caso para perguntar: o que fariam com mais um dia livre por semana?
Esta semana ando a debater-me com o meu computador e por isso estou tremendamente atrasada em tudo que se relacione com publicações. Peço desculpas.
O projecto desta semana é, para mim, assunto arrumado. Finalmente, consegui afinar o meu sistema de pagar/arquivar e tudo flui com imensa facilidade.
Pagar
Eu quase não tenho despesas correntes que impliquem um pagamento mensal, mas as que tenho estão todas organizadas para funcionarem em piloto automático:
Electricidade: Paga de dois em dois meses em dinheiro. Como utilizo o sistema de envelopes, guardo todos os meses €55 e com esse dinheiro pago a conta quando chegar.
Telemóvel: Faz parte de um pacote familiar e por isso é pago por mim. Tenho uma transferência automática do valor mensal (para a pessoa que faz o pagamento) e faço transferências pontuais se ocorre ultrapassar esse valor (por exemplo se mandar mms).
Despesas profissionais e impostos: Os pagamentos que podem ser anuais, faço-os, caso contrário pago pontualmente. Opto pelo débito directo e factura electrónica sempre que tenho essa opção.
Seguro do carro: Pagamento anual através de débito directo e fatura electrónica.
Arquivar
Quando pago alguma factura em papel, ela acaba na capa de arquivo temporário - uma simples capa de elásticos. Uma vez por ano agrupo e arquivo a papelada de forma definitiva. Já os ficheiros electrónicos são imediatamente gravados no computador numa pasta denominada "pagamentos 2016".
É um sistema eficiente e suficientemente simples para não se tornar mais uma tarefa na minha lista.
Esta semana, o projecto é reduzir o correio que entra em casa, seja ele endereçado ou não.
Mesmo quase não tendo muito correio postal a entrar em casa, continuo a achar que reciclo demasiado papel. Quando tento perceber de onde vem, ainda vejo muitos folhetos.
Para mim, reduzir o correio não só me poupa o tempo de processá-lo, como diminui o desperdício e assim a minha pegada ambiental.
O que já fiz:
- optei por pagamentos anuais em vez de mensais (1 recibo por ano em vez de 12);
- optei por pagamentos e facturação electrónica;
- cancelei a subscrição de revistas que não leio (mesmo sendo gratuitas);
- evito trazer para casa folhetos promocionais ou inscrever-me para os receber.
Quando recebo correio (porque é pouco) tendo processá-lo no próprio dia:
- desmonto o envelope, separando o papel do plástico (quando com janela) para reciclar o possível;
- o que é para arquivar, vai de imediato para a minha capa 2016;
- tenho um saco para reciclar papel, no escritório.
O que me falta fazer é colocar na minha caixa de correio um autocolante, para impedir correio não endereçado.
A página da Direcção Geral do Consumidor tem informação e uma imagem para utilizar/imprimir. Porém, parece-me que é preferível comprar os que existem em papelarias ou em hipermercados porque o papel é plastificado e será mais durável para utilização no exterior.
Assim, as acções para conseguir atingir o meu objectivo são:
- comprar e aplicar o autocolante de publicidade não endereçada;
- cancelar correio publicitário endereçado, quando o receber.
Na fase em que estou, este é projecto simples. Todavia, se soubessem à quanto tempo me ando a esquecer de comprar o autocolante... meses! E a única coisa que precisava de fazer era colocar a palavra autocolante na lista de compras... surreal!
No que respeita a revistas, sinto que consegui muito:
1 - Deixei de comprar dezenas de revistas relacionadas com hobbies. Cheguei à conclusão que passava mais tempo a ler que a executar.
2 - As revistas que mais falta me têm feito são as literárias, mas tenho colmatado isso com requisições na biblioteca municipal.
3 - Passei a deixar revistas para salas de espera de hospitais.
4 - Reduzi revistas ao conteúdo que desejava manter (por exemplo, compro sempre as revistas com vales de desconto, mas rasgo os vales, recorto uma ou outra receita interessante e o resto vai para reciclar)
Mas esta semana, o que realmente me deixou muito feliz foi ter sido pró-activa. Contactei uma instituição e pedi para cancelarem o envio das revistas que, na verdade, eu nunca leio.
A melhor forma de destralhar é evitar a entrada da tralha.
levando revistas que comprei para salas de espera em hospitais
O problema dos livros não lidos
Decidi ler o que tenho nas estantes e, para mim, não irei comprar um único livro em 2016. Mais, decidi "atacar" os meus livros não lidos da seguinte forma:
2016 será um ano só de escritoras;
2017 será um ano só de literatura portuguesa ou publicada originalmente em português.
O meu objectivo para 2016 é que, pelo menos metade dos livros que leia, sejam da minha estante. Os restantes serão da biblioteca.
O que irei fazer com os livros lidos, dependerá do livro. Este Natal pedi a pessoas próximas (que pediram a informação) que me dessem livros usados, como presente. Essa proximidade, permitiu-me dizer-lhes que não gastassem muito dinheiro com cada um, pois queria ficar com a possibilidade de os trocar, se não gostasse deles.
Ainda a fazer: reavaliar os livros de culinária que ainda tenho, um livro de bricolagem e os livros infantis.
No que respeita a revistas:
Quase não tenho revistas, excepto uma colecção de costura com moldes (que irei conservar).
Ainda a fazer: resta-me uma colecção de revistas de ponto de cruz, que desejo avaliar e umas de bricolagem para destralhar (tenho de fotografar e colocar no site das trocas).